O jantar foi bom e a bailação, a seguir, ainda melhor: memorável sessão de música pela minha amiga Guida Fonseca e su partner Ana Paula aka Pussy Cat & Kill Kill.
Sim senhor raparigas, temos dj’s!
Mas voltando ao tema nabo e já com o atraso das máquinas de roupa e etc de domingo.
O imblóglio estava no facto de eu (e mais alguns nabos como eu) não clicarmos onde devíamos para ver o texto todo, acrescendo a isto a embrulhada de várias conversas sobrepostas. Tanta rapidez, simultaneidade e profusão resulta em que o que se escreveu há dois minutos já tenha desarvorado para outra página e nunca saibas bem quem te ouve e que quantidade de texto teu está a ser lido. Canseira!...
Ou seja, é tudo muito rápido, muito ligeiro, muito parvo. Para mim não dá. Sou muito antiga: praticamente ainda estou a descobrir as possibilidades do copy e paste e já o mundo me exige blogs, facebooks e twiters! Tenham dó! É como aprender a estrelar um ovo e pedirem logo a seguir para fazer Cailles en Sarcophage à maneira do chef do Café Anglais, iguaria suprema entre as várias na Festa de Babette (cf. conto de Karen Blixten e filme de Gabriel Axel – sim, que eu com a cultura não brinco; e não, não existe em versão mp3)!
Mas não pensem que exagero. Há poucos dias um amigo (inteligente, culto, sobejamente publicado) dizia-me que um dia destes também se ia fazer sócio do facebook. Para este ainda cheguei e lá lhe disse que sim, até porque a quota e jóia de inscrição não são caras...
Não sei se estão a ver: há pior do que eu. Há sempre. É o que vale.
Outro exemplo eloquente da minha nabice entranhada é a quantidade de vezes que pergunto as mesmas coisas elementares aos amigos. Um dia destes, um dos que me atura perguntava-me pacientemente pelo telefone, numa tentativa de ajuda humanitária extrema, qual o tamanho da imagem que eu estava a querer usar. Ao que respondi com a maior espontaneidade: “Não sei! Espera aí que eu vou buscar uma régua!”
Vi logo, pela pausa diplomática que se fez sentir do outro lado, que a minha resposta não ia ser a dica da semana.
Mas o que verdadeiramente me fez começar este relato foi a notícia de que o Papa tem um portal na Internet com ligações para o facebook e para o iPhone! É o www.pope2you.net. Quando li o endereço modernaço pensei por segundos que estava no caderno do “Inimigo Público”. Mas não. O Rato Zinguer diz mesmo “Levem o testemunho da vossa fé ao mundo digital”. Nem comento esta do “digital”. Adiante, deve ser da tradução.
Claro que já fui espreitar o site papista e claro que aquilo funciona mesmo.
Salta-nos um vídeo do youtube (não devia ser youpope?) com um senhor calvo e respeitável que dá pelo nome artístico de Arcebispo Celli e que apresenta o Papa como uma mescla de um protagonista de uma daquelas séries de grande qualidade “a que só a BBC nos habituou” com um psicólogo para alunos com Nê.éés (para os leigos: necessidades educativas especiais).
E assim, o Arcebispo apresenta o colega e patrão como “a friendly Pope, a gentleman Pope (!), an affable Pope, a welcoming Pope”. Nem mais! Isto é que é marketage!
Não, a sério, acho bem. Perante uma “alegada” (só alegada) crise de vocações, há que atacar com o cristianismo tecnológico.
Eu tenho é inveja. Eu queria era ter apoio técnico já não digo de um Vaticano, mas pelo menos de um recém recruta da Worten.
Para além do básico, no site do Papa há ainda a promessa de gadgets e um link para um misterioso wikicath: parece nome de comida para a catwoman. Não sei é se a Michelle Pfeiffer estará ao corrente.
Mas, meus amigos, no Vaticano também não é difícil fazer sites jeitosos. Vendo bem, não falta dinheiro: têm o PIB per capita mais alto do mundo (nunca se fala disso, mas é só de 416 mil US$, muito à frente do Luxemburgo que vem sempre em primeiro lugar nestas compitas e afinal tem um PIB miserável de 99,104 US$). Há dinheiro, portanto. Os informáticos não têm muito por onde se raspar - só há uma estação de correios e não há muita rua com recantos esconsos ou basfonds por onde se esconderem: afinal de contas são só 0,44Km2 com uma praça muito, muito ampla.
Está tudo muito urbanizado. É o paraíso (literalmente) dos arquitectos: está totalmente urbanizado. Não há mesmo agricultura. Nem uma hortazinha: tudo o que comem é importado – por isso é que precisam de ter muito taco, coitados. Árvores só mesmo no jardim do Pope: não há um arbustuzito, uma reles moita atrás dos quais quem perceba de computadores se possa esconder dos maçadores como eu sempre com dúvidas e enguiçanços técnicos. Fugir dali sem dar nas vistas é quase impossível: têm a fronteira mais pequena do mundo: só 4Km (praí 1/3 da avenida da Boavista – os portuenses gostam muito desta medida de comprimento).
Por outro lado, é o 4º país entre os 7 que têm mais de 1000 pessoas por Km2. Tem mesmo uma densidade populacional mais alta do que a do Bangladesh. No meio de tanta gente, é natural que haja muito informático à mão de semear. Couves é que não. Nem das de Bruxelas que são pequeninas.
Concluindo: assim é fácil! Assim há condições. Não admira pois que o Papa tenha um bom e santo portal. Eu é que já lá não vou.
Acreditem que tenho fotos e filmes acumulados de há seis anos a esta parte em aparelhos que já deixaram de funcionar e dos quais não sei sacar a informação nem para computador, nem para papel - este sim, seria o éden, para usar um vocábulo adequado à ocasião.
Enfim, já deu para perceber que a minha vida tecnológica é um caos. Por essas e por outras é que parei com o blog por quase um ano.
Felizmente para pessoas antigas como eu, as sapatilhas Sanjo estão de volta.
E não me digam que Sanjo e facebook não ligam. Se não percebem é porque já estão contaminados pelo facebook e pelo twiter e já só lêem metade dos parágrafos.
Deixo-vos com amizade - como dizia o engenheiro Sousa Veloso - e com os resultados dos quizes que fiz ontem, numa última tentativa de tirar algum proveito do facebook.
Imaginem que fiquei a saber que a minha época são os anos 40, tidos como revolucionários e glamorosos, como bolo sou um palmier (personalidade difícil, desejos requintados, aparência leve e sedutora, etc) e conheço tão bem os homens (tive 100% neste quiz – nunca tive 100% em nada!) que muito provavelmente sou um homem a tentar fazer batota no mundo quiz. Deixo-vos o resultado deste:
"How Well do you know Men?" with the result Excellent!! (100%).
Fantastic!! You really do know men pretty Well!! Either you're a master at what men really want or you've blatantly cheated! Or you might just be a man trying to find out if this quiz is authentic enough! whatever it is, Congratulations, you're an Expert on that pathetic species called "Man".
Nem sei se tenha orgulho ou vergonha.
Vou perguntar ao pessoal no facebook.
Sim senhor raparigas, temos dj’s!
Mas voltando ao tema nabo e já com o atraso das máquinas de roupa e etc de domingo.
O imblóglio estava no facto de eu (e mais alguns nabos como eu) não clicarmos onde devíamos para ver o texto todo, acrescendo a isto a embrulhada de várias conversas sobrepostas. Tanta rapidez, simultaneidade e profusão resulta em que o que se escreveu há dois minutos já tenha desarvorado para outra página e nunca saibas bem quem te ouve e que quantidade de texto teu está a ser lido. Canseira!...
Ou seja, é tudo muito rápido, muito ligeiro, muito parvo. Para mim não dá. Sou muito antiga: praticamente ainda estou a descobrir as possibilidades do copy e paste e já o mundo me exige blogs, facebooks e twiters! Tenham dó! É como aprender a estrelar um ovo e pedirem logo a seguir para fazer Cailles en Sarcophage à maneira do chef do Café Anglais, iguaria suprema entre as várias na Festa de Babette (cf. conto de Karen Blixten e filme de Gabriel Axel – sim, que eu com a cultura não brinco; e não, não existe em versão mp3)!
Mas não pensem que exagero. Há poucos dias um amigo (inteligente, culto, sobejamente publicado) dizia-me que um dia destes também se ia fazer sócio do facebook. Para este ainda cheguei e lá lhe disse que sim, até porque a quota e jóia de inscrição não são caras...
Não sei se estão a ver: há pior do que eu. Há sempre. É o que vale.
Outro exemplo eloquente da minha nabice entranhada é a quantidade de vezes que pergunto as mesmas coisas elementares aos amigos. Um dia destes, um dos que me atura perguntava-me pacientemente pelo telefone, numa tentativa de ajuda humanitária extrema, qual o tamanho da imagem que eu estava a querer usar. Ao que respondi com a maior espontaneidade: “Não sei! Espera aí que eu vou buscar uma régua!”
Vi logo, pela pausa diplomática que se fez sentir do outro lado, que a minha resposta não ia ser a dica da semana.
Mas o que verdadeiramente me fez começar este relato foi a notícia de que o Papa tem um portal na Internet com ligações para o facebook e para o iPhone! É o www.pope2you.net. Quando li o endereço modernaço pensei por segundos que estava no caderno do “Inimigo Público”. Mas não. O Rato Zinguer diz mesmo “Levem o testemunho da vossa fé ao mundo digital”. Nem comento esta do “digital”. Adiante, deve ser da tradução.
Claro que já fui espreitar o site papista e claro que aquilo funciona mesmo.
Salta-nos um vídeo do youtube (não devia ser youpope?) com um senhor calvo e respeitável que dá pelo nome artístico de Arcebispo Celli e que apresenta o Papa como uma mescla de um protagonista de uma daquelas séries de grande qualidade “a que só a BBC nos habituou” com um psicólogo para alunos com Nê.éés (para os leigos: necessidades educativas especiais).
E assim, o Arcebispo apresenta o colega e patrão como “a friendly Pope, a gentleman Pope (!), an affable Pope, a welcoming Pope”. Nem mais! Isto é que é marketage!
Não, a sério, acho bem. Perante uma “alegada” (só alegada) crise de vocações, há que atacar com o cristianismo tecnológico.
Eu tenho é inveja. Eu queria era ter apoio técnico já não digo de um Vaticano, mas pelo menos de um recém recruta da Worten.
Para além do básico, no site do Papa há ainda a promessa de gadgets e um link para um misterioso wikicath: parece nome de comida para a catwoman. Não sei é se a Michelle Pfeiffer estará ao corrente.
Mas, meus amigos, no Vaticano também não é difícil fazer sites jeitosos. Vendo bem, não falta dinheiro: têm o PIB per capita mais alto do mundo (nunca se fala disso, mas é só de 416 mil US$, muito à frente do Luxemburgo que vem sempre em primeiro lugar nestas compitas e afinal tem um PIB miserável de 99,104 US$). Há dinheiro, portanto. Os informáticos não têm muito por onde se raspar - só há uma estação de correios e não há muita rua com recantos esconsos ou basfonds por onde se esconderem: afinal de contas são só 0,44Km2 com uma praça muito, muito ampla.
Está tudo muito urbanizado. É o paraíso (literalmente) dos arquitectos: está totalmente urbanizado. Não há mesmo agricultura. Nem uma hortazinha: tudo o que comem é importado – por isso é que precisam de ter muito taco, coitados. Árvores só mesmo no jardim do Pope: não há um arbustuzito, uma reles moita atrás dos quais quem perceba de computadores se possa esconder dos maçadores como eu sempre com dúvidas e enguiçanços técnicos. Fugir dali sem dar nas vistas é quase impossível: têm a fronteira mais pequena do mundo: só 4Km (praí 1/3 da avenida da Boavista – os portuenses gostam muito desta medida de comprimento).
Por outro lado, é o 4º país entre os 7 que têm mais de 1000 pessoas por Km2. Tem mesmo uma densidade populacional mais alta do que a do Bangladesh. No meio de tanta gente, é natural que haja muito informático à mão de semear. Couves é que não. Nem das de Bruxelas que são pequeninas.
Concluindo: assim é fácil! Assim há condições. Não admira pois que o Papa tenha um bom e santo portal. Eu é que já lá não vou.
Acreditem que tenho fotos e filmes acumulados de há seis anos a esta parte em aparelhos que já deixaram de funcionar e dos quais não sei sacar a informação nem para computador, nem para papel - este sim, seria o éden, para usar um vocábulo adequado à ocasião.
Enfim, já deu para perceber que a minha vida tecnológica é um caos. Por essas e por outras é que parei com o blog por quase um ano.
Felizmente para pessoas antigas como eu, as sapatilhas Sanjo estão de volta.
E não me digam que Sanjo e facebook não ligam. Se não percebem é porque já estão contaminados pelo facebook e pelo twiter e já só lêem metade dos parágrafos.
Deixo-vos com amizade - como dizia o engenheiro Sousa Veloso - e com os resultados dos quizes que fiz ontem, numa última tentativa de tirar algum proveito do facebook.
Imaginem que fiquei a saber que a minha época são os anos 40, tidos como revolucionários e glamorosos, como bolo sou um palmier (personalidade difícil, desejos requintados, aparência leve e sedutora, etc) e conheço tão bem os homens (tive 100% neste quiz – nunca tive 100% em nada!) que muito provavelmente sou um homem a tentar fazer batota no mundo quiz. Deixo-vos o resultado deste:
"How Well do you know Men?" with the result Excellent!! (100%).
Fantastic!! You really do know men pretty Well!! Either you're a master at what men really want or you've blatantly cheated! Or you might just be a man trying to find out if this quiz is authentic enough! whatever it is, Congratulations, you're an Expert on that pathetic species called "Man".
Nem sei se tenha orgulho ou vergonha.
Vou perguntar ao pessoal no facebook.
3 comentários:
Eu também sou forties... confesso que me atoro mais prós 60's ou 70's
mas o facebook é que sabe...
Só falta lá "postar" a bíblia. Versão Vulgata, claro.
isa
ai, meu Deus! rí muito com a coisa da régual!! ;-)
vou tentar ler o teu blog de vez em quando mais xa sabes que nâo percebo todas as "nuances" da língua luso-portugesa :-)
estou para aqui a rir sozinha, ó minha amiga palmier...
agora que o mundo digital está a teus pés, espero que nos faças companhia por muito mais tempo (já não me sinto tão só por tanta falta de empatia com esses gadjets celerados).
cláudia (sem login)
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