9 de novembro de 2009
CATECISMO DE HEIDELBERG (ou um post mais a gosto dos frequentadores de posts)
eu sou o cão sujo da tua cobardia.
eu detesto cães.
o mundo esteve sempre ali para ser descrito e sorvido como se não houvesse mais mundo.
partíramos do princípio errado.
nada nos poderia demover da esperança de um canto agudo do presente, mas havia um fim de que sempre suspeitáramos sem consentimento mútuo.
havia a morte.
humanos e pobres de nós mesmos não aceitávamos tal facto.
entalávamos a morte entre parênteses como uma ficção.
indelével e morno, esperava-nos um ponto levemente inebriante, escondido numa dobra do espaço.
cintilava a néon “meu pecado e miséria”.
o mundo não era uma sequência lógica.
muito menos um staccato romântico.
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3 comentários:
pois eu, pobre frequentadora, gostei.
:)
que lindo... como uma romanza.
e num é que já aprendestezássinar?!
é um salto tecnológico que nem o nelson évora, catano!
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