Por estranho que pareça, eu não morri.
Por estranho, porque tenho estado entalada entre a distribuição de serviço que se complica dia a dia, a crise, a gripe A e os novos estatutos.
Por segundos, fiquei hesitante ao ter que completar a frase. Novos estatutos de quê? Como sempre que o alzheimer espreita, para disfarçar e ganhar tempo, saltei logo para o guguel e jorraram novos estatutos para todos os gostos: novos estatutos da PSP, da ICP-ANACOM, da Universidade Técnica de Lisboa, da Universidade de Coimbra, da Faculdade do Oxímoro, ou seja, de Ciências Humanas e Sociais, e por aí adiante.
Bem sei que o sindicato me tem enviado todo o arrazoado sobre o assunto, mas eu é logo delete, delete — soa tão bem esta música, não é? parecem sininhos de portas de lojas antigas.
Já houve quem me repreendesse por tal demissão sindicalista, mas eu pergunto: então a gente paga as cotas do sindicato e ainda tem que ler aqueles textos chatíssimos, sem enredo nenhum e em mau português? Isso também é demais! Não é como o ginásio que se paga e está feito, depois não é preciso lá ir? Não tem o mesmo efeito? Ou é como o Tamiflu que para além de se não encontrar em lado nenhum, ainda assim precisa de receita médica?
Parece que agora que o país está a ficar sem estatuto algum, anda tudo a mudar de estatuto e, nalguns casos, como no meu e no dos meus colegas de profissão, estamos na encruzilhada de dois estatutos concomitantes que não sei se são adjacentes, se são intersectados, se sofrem a lei do à tangente ou a dos cossenos. Já agora a montante ou a jusante, para usar dois termos com que embirro particularmente, pois, para além de feiíssimos, deixam-nos desorientados sem percebermos de onde nasce o sol. Eu, se tenho que dar indicações de ressonâncias geográficas no meu discurso, digo invariavelmente ”quem entra à esquerda”. Raras vezes está certo, mas dá no mesmo que o "binómio" montante/jusante.
Portanto, tudo isto para dizer que estou viva, mas tenho andado numa fona.
Por estranho, porque tenho estado entalada entre a distribuição de serviço que se complica dia a dia, a crise, a gripe A e os novos estatutos.
Por segundos, fiquei hesitante ao ter que completar a frase. Novos estatutos de quê? Como sempre que o alzheimer espreita, para disfarçar e ganhar tempo, saltei logo para o guguel e jorraram novos estatutos para todos os gostos: novos estatutos da PSP, da ICP-ANACOM, da Universidade Técnica de Lisboa, da Universidade de Coimbra, da Faculdade do Oxímoro, ou seja, de Ciências Humanas e Sociais, e por aí adiante.
Bem sei que o sindicato me tem enviado todo o arrazoado sobre o assunto, mas eu é logo delete, delete — soa tão bem esta música, não é? parecem sininhos de portas de lojas antigas.
Já houve quem me repreendesse por tal demissão sindicalista, mas eu pergunto: então a gente paga as cotas do sindicato e ainda tem que ler aqueles textos chatíssimos, sem enredo nenhum e em mau português? Isso também é demais! Não é como o ginásio que se paga e está feito, depois não é preciso lá ir? Não tem o mesmo efeito? Ou é como o Tamiflu que para além de se não encontrar em lado nenhum, ainda assim precisa de receita médica?
Parece que agora que o país está a ficar sem estatuto algum, anda tudo a mudar de estatuto e, nalguns casos, como no meu e no dos meus colegas de profissão, estamos na encruzilhada de dois estatutos concomitantes que não sei se são adjacentes, se são intersectados, se sofrem a lei do à tangente ou a dos cossenos. Já agora a montante ou a jusante, para usar dois termos com que embirro particularmente, pois, para além de feiíssimos, deixam-nos desorientados sem percebermos de onde nasce o sol. Eu, se tenho que dar indicações de ressonâncias geográficas no meu discurso, digo invariavelmente ”quem entra à esquerda”. Raras vezes está certo, mas dá no mesmo que o "binómio" montante/jusante.
Portanto, tudo isto para dizer que estou viva, mas tenho andado numa fona.
Sem comentários:
Enviar um comentário