O meu amigo A. foi ver o “aviação festival corrida red bull douro porto gaia” – parece que é assim que se chama. Devem ser as etiquetas para aparecer sob 10 mil hipóteses da net.
Relato dele:
“Oh, aquilo é um bocado decepcionante!... São uns helicópteros a voar e a parar no ar! O que se vê em terra é interessante, havia muita gente engraçada, tudo muito animado, pessoal em cima das pontes, nas encostas do Douro e pendurado em locais para os quais não se costuma olhar. Mas o problema eram os aviões. Eu estava numa tribuna vip da marinha e, mesmo assim, via mal. As curvas do rio não permitem ter um ângulo de visão muito aberto, os aviões passam muito depressa e mal tens tempo de lhes fixares o olhar em cima, tens que preparar todo o teu corpo, dos ouvidos ao coração, para o impacto do ruído das máquinas a passar perto de ti, porque até estremeces, ficas com o pescoço torcido e uma enorme dor de costas por estares com o nariz no ar e afinal eles não fazem grandes piruetas como passar debaixo da ponte D. Luís nem nada disso. Ainda por cima, fiquei com uma lista vermelha na testa, entre o fim dos óculos de sol e o começo do boné, por ter estado a tostar ao sol e mal podia abrir os olhos encandeado pela luz. Enfim, o que valeu foi termos estado à conversa com as minhas sobrinhas e ter comprado um chapéu muito engraçado para a namorada.
No regresso, viemos a cantar o 'Back to live, back to reality'".
Ou seja, se endireitassem o rio Douro, eliminando aquelas curvas que só complicam, se os aviões passassem mais devagar, com menos ruído e ao nível dos olhos dos espectadores comodamente sentados à sombra de guarda-sóis criteriosamente dispostos para não tirar a visão, mas podendo oferecer suave sombra, talvez o meu amigo A. viesse de lá impressionado. Assim, só elogiou a organização em terra e a animação no recinto ferial.
Eu tenho amigos muito exigentes com a vida em geral e com o país em particular.
Relato dele:
“Oh, aquilo é um bocado decepcionante!... São uns helicópteros a voar e a parar no ar! O que se vê em terra é interessante, havia muita gente engraçada, tudo muito animado, pessoal em cima das pontes, nas encostas do Douro e pendurado em locais para os quais não se costuma olhar. Mas o problema eram os aviões. Eu estava numa tribuna vip da marinha e, mesmo assim, via mal. As curvas do rio não permitem ter um ângulo de visão muito aberto, os aviões passam muito depressa e mal tens tempo de lhes fixares o olhar em cima, tens que preparar todo o teu corpo, dos ouvidos ao coração, para o impacto do ruído das máquinas a passar perto de ti, porque até estremeces, ficas com o pescoço torcido e uma enorme dor de costas por estares com o nariz no ar e afinal eles não fazem grandes piruetas como passar debaixo da ponte D. Luís nem nada disso. Ainda por cima, fiquei com uma lista vermelha na testa, entre o fim dos óculos de sol e o começo do boné, por ter estado a tostar ao sol e mal podia abrir os olhos encandeado pela luz. Enfim, o que valeu foi termos estado à conversa com as minhas sobrinhas e ter comprado um chapéu muito engraçado para a namorada.
No regresso, viemos a cantar o 'Back to live, back to reality'".
Ou seja, se endireitassem o rio Douro, eliminando aquelas curvas que só complicam, se os aviões passassem mais devagar, com menos ruído e ao nível dos olhos dos espectadores comodamente sentados à sombra de guarda-sóis criteriosamente dispostos para não tirar a visão, mas podendo oferecer suave sombra, talvez o meu amigo A. viesse de lá impressionado. Assim, só elogiou a organização em terra e a animação no recinto ferial.
Eu tenho amigos muito exigentes com a vida em geral e com o país em particular.
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